“Passeio dos Prodígios”
Jorge Palma
Vamos lá contar as armas
Jorge Palma
Vamos lá contar as armas
tu e eu, de braço dado
nesta estrada meio deserta
não sabemos quanto tempo as tréguas vão durar...
Há vitórias e derrotas
Há vitórias e derrotas
apontadas em silêncio
no diário imaginário
no diário imaginário
onde empilhamos as razões para lutar!
Repreendo os meus fantasmas
Repreendo os meus fantasmas
ao virar de cada esquina
por espantarem a inocência
por espantarem a inocência
quantas vezes te odiei com medo de te amar...
Vejo o fundo da garrafa
Vejo o fundo da garrafa
acendo mais outro cigarro
tudo serve de cinzeiro
Quando os deuses brincam é para magoar!
Vamos enganar o tempo
Vamos enganar o tempo
saltar para o primeiro comboio
que arrancar da mais próxima estação!
Para quê fazer projectos
quando sai tudo ao contrário?
Pode ser que, por milagre,
troquemos as voltas aos deuses
Entre o caos e o conflito
Entre o caos e o conflito
a vontade e a desordem
não podemos ver ao longe
e corremos sempre o risco de ir longe demais
Somos meros transeuntes
Somos meros transeuntes
no passeio dos prodígios
somos só sobreviventes
com carimbos falsos nas credenciais
Vamos enganar o tempo
saltar para o primeiro comboio
que arrancar da mais próxima estação!
Para quê fazer projectos
quando sai tudo ao contrário?
Pode ser que, por milagre,
troquemos as voltas aos deuses
saltar para o primeiro comboio
que arrancar da mais próxima estação!
Para quê fazer projectos
quando sai tudo ao contrário?
Pode ser que, por milagre,
troquemos as voltas aos deuses
