Já à muito, nada de plenamente fantasmagórico me tem assombrado. De facto, quando num blog que fala dos Fantasmas se escreve "Um sorriso em fim de ciclo", talvez pouco exista para dizer, pelo menos durante uns bons tempos. Hoje decidi parar, nem que seja por momentos. Por vezes talvez custe respirar fundo, parar e pensar, ou olhar de soslaio para trás ou de forma decidida para a frente (desculpem-me a falta de geito de não saber olhar bem para o lado, falta-me treino e vontade).
Sinto-me tantas e tantas vezes dividido entre a preguiça de olhar em frente a tentar descortinar tudo o que brevemente o tempo me levará a ver facilmente, e relembrar tudo aquilo que passei até hoje, de bom e mau, em tantas histórias que temos a contar... Ando assim. Não sei bem porquê, sei que a pergunta não será "por quem". Não sei se sou mais ou menos feliz assim. No entanto, a preguiça de correr em busca do futuro ou de esgravatar o passado é algo de estranho e tão pouco comum em mim, que chego quase a estranhar-me a mim mesmo. É talvez nessas fases em que me estranho de estar mal habituado a ser tão racional como me considero ser, não mais que diárias em mim, que fico mais nostálgico, parado, pensativo. Durante todas as outras fases que percorro durante estes meus últimos dias vivo compenetrado em projectos quase diários, sem qualquer interesse que não a mera ocupação pessoal.
Aprendi com o meu melhor amigo coisas que ele nunca me ensinou. Simplesmente mostrou-me por variadas vezes que se dá a volta por cima de formas que nunca imaginei. Sou a mesmo Pedro de sempre, sei-o perfeitamente e orgulho-me disso, mas conheço melhor o sabor de cada momento diferente, sem grandes projectos que não o projecto cada vez mais megalómano de ser inteiramente feliz. Procuro em cada dia os pequenos sorrisos. Talvez tenha descoberto um novo conceito de felicidade e de realização pessoal numa felicidade feita de detalhes e da plena segurança de gostar de ser quem sou. São pouquissímas as variáveis que dominamos na vida, e talvez por isso tenhamos os dias maus e as contrariedades, mas afinal de contas, os "Mais Além" terão sempre motivos para sorrir, e os "Fantasmas do Passado" existem mas há mais detalhes, que não eles, para viver e ser feliz.
Fiquem bem