Escrevo o nexo e o lógico,
Neste confuso psicológico,
O grito latente,
Num silêncio dormente,
Rasgo a angústia presente,
Sempre entre o frio e o quente,
De erros e conquistas,
A cada fado seus fadistas,
No meu escrevo eu,
E não me atirem ao breu,
Que eu fico e assim respondo,
O meu mundo não tem dono,
Viajante na irresponsável liberdade,
E que nem me prenda qualquer saudade.
E se um dia passei pelo vago,
Essas memórias hoje trago,
Bebo do cantil viajante,
As forças de seguir doravante.
Pedro Carvalho 01/12/06