Após as eleições, e quando já temos os resultados podemos fazer uma análise geral que no meu caso transmite uma simples opinião pessoal. Nas próximas linhas, eis a minha opinião, breve, porque contra factos não existem argumentos, e porque o povo é quem mais ordena (e esperamos que ordene sempre bem) sobre o resultado eleitoral da noite de ontem.Tendo em conta tudo o que tinha já dito num texto anterior, que muitas vezes cito, quando faço referência a estas eleições visto ser o meu texto base de toda a minha actuação cívica, já que por escolha pessoal não aderi ao movimento MP3, algo que nunca me impediu de aderir de forma bastante participativa nesta campanha política, nesse meu texto previa algo que acabou mesmo por acontecer, a vitória de Cavaco à primeira volta. Mas se analisarem com atenção essas linhas e principalmente o resultado de ontem, podem observar a nítida sensação, errada, que tinha no momento em que escrevi que Cavaco não iria precisar de suar muito. Pura ilusão. O resultado das eleições de ontem, dá a nítida sensação que bastaria uma semana para Cavaco cair, a máquina iria cair, e não estava assim tão avassaladora como eu a tinha descrito no passado texto.Ironia das ironias, e eis o tal “erro de cálculo”, a maquina quase “emperrou” muito por culpa da acção de Alegre que de certa forma, e bem, percebeu claramente o tom da critica a utilizar, sendo menos agressivo que Soares foi muito eficaz. Depois de estar de rastos após os debates, e apenas por culpa própria o que na minha opinião mostrou clara falta de preparação para o cargo que se propunha a exercer, acaba por nas urnas ter 20% dos votantes nacionais e acaba por me obrigar a “virar o texto”, Alegre mostrou ter “cota” para juntamente com o PS poder fazer algo mais, algo que Soares não conseguiu porque Portugal levou de forma exacerbada a questão do “tudo tem o seu tempo”. No entanto isto são apenas conjecturas, já que não podemos ver a votação de Alegre como um grupo de socialistas, grande parte serão certamente, mas outra parte serão votos perdidos em “fogo cruzado” que podem muito bem não pender para Alegre, caso este tivesse concorrido com o apoio do PS.Em qualquer dos casos, o PS apresentou o seu candidato, o candidato que achou mais adequado, perdeu, admitiu, fez mais que o PSD de outros tempos que nem candidato apresentou. E como dizia o meu candidato: “Só é derrotado quem desiste de lutar”.Quanto a pedir congresso extraordinário, ou desejar secretamente que Alegre pegue naquela “cota” e crie um partido, subscrevo o que o Presidente da Câmara de Braga disse: “Manuel, tem juízo!”.
Fiquem bem