Todo o caos do mundo,
Exprime a sua verdadeira ordem e essência.
No caos se espelha o que de mais natural espero:
A imaginação, a liberdade e a audácia Humana.
Porque haveria eu de seguir os escritos?
Escrevo a minha história com o meu dom,
Para assim me tornar o mago da Realidade,
Da minha Realidade estilhaçada por espíritos múltiplos.
No meu mundo, o nevoeiro da manhã,
Opaco de claros desconfortos,
Some-se a cada lágrima que brota da minha tristeza,
Secando a cada sorriso luminoso do sol,
Que se põe solarengo e molengão no final dos meus dias.
Todos diferentes, escolhendo-me seu narrador e personagem.
Assim é a minha Realidade desconexa.
Conjuntos solitários de tão diferentes a cada dia,
De formas tão disformes a cada sentimento pulsado.
Toda a minha Realidade é o espelho do meu mundo.
A Realidade sou eu, a memória, a dor e o intelectual.
O resto reza o esquecimento.
Só a Realidade a mim me fica e me cabe.
Pedro Carvalho 27/09/06