Tu entregas-me um caminho,
Ou eu te entreguei o meu,
Como duas aves migrando,
Voando no alto desse monte distante.
Como sempre acreditando no horizonte,
Desembrulhando o mundo com ternura.
Nos tesouros tem o mundo uma prenda guardada,
Esse teu coração que se esconde entre as nuvens.
Nas imprecisões dos meus sonhos onde te vejo,
Subo qualquer céu azul para te alcançar.
Em cada noite que passa,
Entre os suspiros da Deusa da Lua,
Me apareces e me escapas levemente,
Acendendo cada estrela que corre no céu,
Em desenhos, mais que brilhos a sorrir.
Lanço a caneta ao céu morno de cetim,
E vejo-a dançar na liberdade que emana.
Nessa liberdade que me deixa feliz,
Uma alquimia iluminada ao luar.
Pedro Carvalho 12/12/06