terça-feira, maio 30, 2006, posted by Pedro Carvalho at 9:46 da tarde

Não. De facto não é para todos perceberem. Mas quatro dos "Mais além" saberão com certeza.
E eu não poderia deixar passar em claro tudo aquilo, num momento algo... Fantasmagórico.
Um abraço pa vocês
 
domingo, maio 28, 2006, posted by Pedro Carvalho at 8:30 da tarde
Os Fantasmas… Há quanto tempo não iniciava algo com este sossego. Os Fantasmas…
São pedaços de coisas, talvez de nós já, mas não mais. Apenas pedaços de difícil compreensão, afinal as coisas nasceram para estar em unidade, quem fracciona é o Homem. O contentamento faz mal a estas coisas do “sobrenatural real”, por isso a sabedoria de se contentar com pedaços é mais que útil, é prova de humildade. Mas eu não quero pedaços das coisas para me contentar, gosto de as perceber, ir em busca dos porquês, estar além, não ficar pela crítica ou incompreensão, própria não dos que se acham felizes nem dos que se acham demasiados distantes destas coisas, própria sim de todos aqueles que não vão á procura, nem conseguem, desvalorizam até, convencendo-se que isso não é importante. Um exemplo será a cobardia, que sendo um fantasma, inibe o próprio cobarde a perceber e ir à procura do que é ser cobarde. Tornando-se assim um cobarde ignorante.
Estes pedaços, que há medida que passa o tempo, e a que velocidade passa o tempo, me vou apercebendo, ser desgosto de muitos, dias de mal disposição para outros, e por fim, e mais importante que tudo, rasgos de criatividade, desde artística a introspectiva, para alguns, nos quais me incluo, embora longe da genialidade, essa nunca estará ao meu alcance. De facto, raros os que encaram os pedaços assim, seria tão mais fácil despreza-los, não pensar sobre eles, não ser consciente, até porque não só é mais cómodo, como mais fácil.
Depois existem alguns, que se encontram “Mais além”, que criam analogias em que revêem e percebem os porquês de tanta coisa, ficando sempre tanta mais coisa por perceber. Como seria terrível para os inconscientes, ganharem consciência. A consciência certamente pesar-lhes-ia.
Depois existem aqueles que se encontram “Mais além” que defendem uma ideia custe o que custar, acreditam, mexem-se, empenham-se, e são crucificados. E como é tão mais fácil ser “amigo” de toda a gente num sorriso ilusório…
Depois existem aqueles que estão “Mais além” e que preferem uma vitória moral, a uma derrota falaciosa, sempre se mantêm as cadeiras na mesma, não vá haver incómodos.
Depois existem aqueles, os “Mais além”, chamam-lhes utópicos, excelente forma protagonizada pelos medíocres para semear o mesmo trigo, ano após ano, afinal é deste que todos comem. Os “Mais além” passam pela fome da esperança, aquela que não é relevante porque nunca acontece como se quer, pelo menos aos “Mais além”.
Razões? É simples, os “Mais além” sonham e estão sempre em diáspora pelo novo, pelo melhor, pelo progresso e pela felicidade em si mesmos, os “Outros”, bem esses nunca chegaram mais além, e mesmo onde estão não procuram nada, limitam-se a por os paus na estrada dos que vão mais além na diáspora do novo, melhor, do ainda mais além. Os “Outros” têm medo do que vem ali ao fundo. Os “Mais além” vêm de mais. Os “Mais além” nunca se conformaram, e poucas vezes desistiram, os “Mais além” disseram sempre as verdades, custem o que custarem, dando a cara, os “Mais além” acreditam em três só coisas: chegar mais à frente, ser honrado e ter orgulho.
Esta é a história dos “Mais além”.

Perdoem-me o texto algo sectário, entendam apenas como algo que defendo, e acima de tudo, algo de que me orgulho fazer parte, ser o suficientemente “Mais além” para escrever sobre isto, sem o fazer por necessidade de todas as noites dormir bem, como tantos “Outros” não fazem/não dormem. Faço-o por gosto.
Fiquem bem, e perdoe-me igualmente quem não concordar com o gesto decente, um abraço para ti, o meu amigo e colega “Orgulhosamente Ricardo Mesquita” a quem muito especialmente dedico “A história dos Mais além”.
 
, posted by Pedro Carvalho at 4:47 da tarde
Hoje na televisão, algures entre muitas babuseiras sempre ditas no "Eixo do Mal", programa da Sic notícias, onde raramente me encontro em consonância, não gosto de oposições destructivas, encontrei uma expressão, essa sim, absolutamente deliciosa.

"O fim da crise nos processos judiciais varia entre os que prescrevem e os que não escrevem."
 
sábado, maio 27, 2006, posted by Pedro Carvalho at 11:00 da manhã
Tenho 18 anos. Sempre gostei de futebol, lembro-me dos anos 90 de Manchester, lembro-me da Juve de Paulo Sousa, lembro-me do Barça de Ronaldo e mais dez grandes jogadores, sou do tempo dos galáticos de Madrid (ainda com Hierro), vi uma das melhores seleções brasileiras de sempre (a actual), lembro-me do jogos como a final Manchester United-Bayern Munique ou Real-Madrid-Borussia de Dortmund, no meio de tantas outras coisas como é natural.
No meio de tudo isto, duas coisas entristecem-me. Nunca ter visto o Maradona em directo (coisas da idade... ele acabou la para 92 talvez), e a hegemonia do dinheiro sobre o amor à camisola. Sou sportinguista, como quase todos devem saber, e acreditem, fiquei feliz por ver o Rui Costa de regresso ao Benfica rejeitando os petrodólares do Quatar. Hoje todos nós temos de ser profissionais, mas será que Ballack, Essien ou Crespo, não eram já muito bem pagos? O Chelsea e as suas "mafiosas libras", hoje vingam sobre tudo, deixou de existir os jogadores-símbolo, até mesmo Gerrard, Henry, Nedved ou outros estão em risco de o deixarem de ser. Certamente estarão surpreendidos por não ter colocado neste lote ninguem do Real de Madrid, mas a razão é que no Real já não existe espírito ou mística há muito tempo. Mas mais surpreendidos ficaram ao não ver na mesma lista o mítico Shev. Pois, parece que Shev vai sair deste lote de jogadores-símbolos, defenição que tendo em conta o seu historial de dedicação ao Milan lhe assentava que nem uma luva.
«Saio por motivos familiares. Agradeço à societá por tudo que me deu. Não se trata de um problema de relações entre nós nem uma questão económica», avançou o ucraniano.
Já o dirigente denunciou que Shevchenko deverá representar o Chelsea nas próximas temporadas. «É a vitória da língua inglesa sobre a italiana. Tentei convencê-lo a ficar até um minuto antes de virmos para esta conferência de imprensa. É certamente a separação mais dolorosa desde que cheguei ao Milan. Agora iniciaremos a negociação com o Chelsea e não será simples», afirmou.

O futebol perde o choque de orgulhos, os jogadores-símbolos, o amor à camisola. O futebol perde a paixão. A paixão já se vende por milhões, até nos "Teatros dos Sonhos". O futebol perde, e perde-se com tudo isto. Mas vêm aí o Mundial, o único momento, de quatro em quatro anos, em que os jogadores sentem a camisola, isto se não se cair nas naturalizações exacerbadas.
Fiquem bem
 
quinta-feira, maio 25, 2006, posted by Ricardo Mesquita at 11:56 da tarde
Há um ano atrás o Liverpool ganhava a Liga dos Campeões. 25 de Maio tornava-se assim inesquecível para os ingleses. Mas por cá, um grupo de jovens também não esquecerão esta data. A 25 de Maio de 2005, aquilo que era ainda um sonho, dava o primeiro passo a caminho da realidade. Uma realidade difícil, ainda que honrosa. Uma realidade efémera, ainda que dure para sempre. Uma realidade com um final não pretendido, ainda que forjado. Enfim, já passou um ano, mas muita coisa se mantém... Há um ano atrás nascia a Lista S. E esta é a minha homenagem...

 
, posted by Pedro Carvalho at 7:55 da tarde
Eis as anotações (dignas deste blog) no caderno de hoje:

"Nunca perdi um amigo na primeira oportunidade que ele me deu, e nestes raros casos, ele deu-me sempre uma segunda oportunidade."

"Hoje vi um carro de um colega meu, olhei-lhe a matrícula de forma despreocupada e assombrei-me! Já lá vão quase dois anos, lembro-me de o ver pela primeira vez a brilhar. Hoje estava sujo... Como o tempo passa..."

E nada mais vos deixo, com a certeza que, já isto, dá pensamentos suficientes.
Fiquem bem
 
quarta-feira, maio 24, 2006, posted by Pedro Carvalho at 11:19 da tarde

De facto, a ausência de post´s deve-se a este facto e nada mais...
(foto cedida/capturada por um colega num delírio matemático...)
 
terça-feira, maio 23, 2006, posted by Pedro Carvalho at 10:30 da tarde
Há dias assim... Há semanas assim... Há tempos assim...
Não sei explicar, nem sei se vos quero explicar, não sei se dá para explicar.
Estou farto disto tudo, ou farto, apenas e só de não ter tempo, farto dos dias terem todos 24 horas com metade dia, metade noite, na metade do metade dia sempre metade adormecido, farto, enfim, sei lá! Sei lá não! Não sei mesmo! Mas isto tem sentido? Epa, não. Mas isto tem conteúdo? Epa, não.
Acha-se alguma lógica, alguma relação, algum motivo para toda esta confusão, delírio, farto cansaço, ou "o que lhe quiserem chamar"? Epa, não.
Motivos, razões, dias bem ou mal passados, histórias, lutas, opiniões, arrependimentos, objectos, frases, beijos, imagens, memórias, canções, festas, olhares, pedidos, desejos, sonhos, mentiras, verdades, novidades, entraves, vontades... Tudo numa ordem desordenada, assim é que se quer sabiam? Não sabiam? Tambem não, e já me fartei de saber esta "desordem natural das coisas".
As coisas, tudo, e o resto se quiserem. Por mim tudo bem. Mas hoje? Epa, hoje não.
Hoje nada. Talvez disto não me farte assim tanto.
Hoje nada.
 
domingo, maio 21, 2006, posted by Pedro Carvalho at 9:07 da tarde


Monstros, bichos, fantasmas, bonecos, bem o raios que os parta! O que é certo é que produziram uma revolução de mentalidades e parecem ter dado um analgésico na morte lenta que se ia adivinhando no fastival europeu. Estes... Estranhos diria eu, gritaram, tocaram "Hard Rock Aleluia" (e com uma musica que considero boa) guardaram o melhor da noite para o fim. Nada de festejos de vitória, antes ir para o palco a beber pepsi e sair a beber whisky da garrafa. Chamam-se Lordi mas beberam que nem uns lordes!
Parabens à Filândia, só um país tão aberto de mentalidades poderia avançar com algo deste género. Portugal, nem à final chegou, não merecia. Eu, votaria na Suécia. Ganhou uma revolução de mentalidades já muito badalada por fora mas que teimava a não penetrar nas galas musicais...
Fiquem bem
 
, posted by Pedro Carvalho at 8:11 da tarde
Tenho ouvido coisas estranhas no mundo do futebol. Primeiro ver o Carlos Martins em risco de sair do SCP, depois ver o R.Costa na selecção, não encontrar o Seedorf ou o Samuel nas convocatórias dos seus países e agora... Bem e agora o Benfica bateu aos pontos todas estas novidades, desde ontem, Fernando Santos é o primeiro humano à face da terra a enfiar o barrete aos teus grandes do futebol português.
Não é que isto seja um fantasma, pelo menos meu! Naaaaa!!! Até sou Sportinguista não é verdade? Mas que o homem tem talento para parecer bom treinador, isso tem...
Fiquem bem
 
terça-feira, maio 16, 2006, posted by Pedro Carvalho at 6:50 da tarde
Hoje na minha aula de História, enquanto desfolhava o livro, tentando descortinar o tipo de aula que iria presenciar, li um parágrafo que me pareceu extraordináriamente interessante, quer pela actualidade, quer pela total concordância que capta da minha pessoa.
Muito actual, o tema prende-se com a situação do exercício de cidadania que de forma mais ou menos (in)correcta se pratica na Europa e no mundo. Se para alguns será novidade a falta de coerência e assiduídade, por parte da população em geral e dos jovens em particular, em qualquer debate sobre qualquer assunto como o trabalho, a juventude, o futuro ou qualquer outro, para gente mais atenta nem tanto, pois é constatação prática do dia a dia.
No parágrafo que li e cito posteriormente, descreve-se um quadro negro da forma como a sociedade encara a política, e em ultima análise, a própria Democracia, marcada por sérios danos que alguns elementos menos aptos e de elevada estirpe, no que apenas e só ao lugar ocupado diz respeito, ocupam.
Passando ao paragrafo poderia ler-se "Nas actuais democracias ocidentais, os partidos são mais do que locais de reflexão e dabate, são empresas ou aparelhos destinados à conquista do poder político. A ideologia cede lugar ao utilitarismo. Os militantes partidários já não se destinguem pela força das suas convicções morais. Espera-se que sejam obdientes, de confiança e tecnicamente preparados para prrencherem os cargos oficiais no partido, as listas de candidatos aos orgãos do governo local, regional ou nacional, as posições de confiança nos aparelhos político e administrativo do Estado e nas empresas públicas e semipúblicas. A militância política converte-se, assim, em carreira.".
Posto isto, e fazendo das palavras do autor, minhas palavras, depreendo um sentido de desilusão e certo cansaço da generalidade da sociedade civil, no que diz respeito à sua participação cívica, e sobretudo e mais sintomáticamente, depreendo também um sentimento generalizado do "Deixa andar, isto é dar tacho a pançudos" que subverte o príncipio democrático, e sobretudo ceifa qualquer vontade de criar as instituições e estruturas necessárias ao exercísio, na minha opinião fundamental, daquilo que podemos chamar o "direito de sonhar outra coisa", política, ideologica e moralmente diferente.
Por tudo isto, e não profetizando qualquer desgraça, defendo a Democracia, mas sobretudo defendo a reformulação das estruturas partidárias que não passando pelos estatutos, devidamente elaborados e de acordo com os príncipios constitucionais, passará pela mudança de mentalidades da classe, infelizmente chamada de política, quero com isto dizer, ser absolutamente contra qualquer esboço de "político de profissão" entendendo que a política é um serviço nobre que é preciso honrar e não banalizar, e não uma carreira ou qualquer meio de promoção pessoal visando o mínimo esforço.
A tudo isto devo acrescentar por último, não estar filiado em qualquer juventude partidária, pelo simples facto de não me sentir disponível para contribuir da forma mais correcta que entendo que a Democracia necessita, e não ter perfil para ser enquadrado numa massa diversificada, mas sempre massa, de opiniões.
Por tudo isto, eis o meu contributo exercendo opinião e cidadania, enquanto o desencanto político é um fantasma da minha geração.
Fiquem bem
 
segunda-feira, maio 15, 2006, posted by Pedro Carvalho at 10:30 da tarde

O Ricardo Costa!?!?? Ter como segundo numero 10 o Hugo Viana?!?!? E querem ser campeões do mundo e dizer que têm direito de sonhar com a vitória!?!? De facto, estamos destinados a maus mundiais...
O peso de 66', 40 anos depois ainda faz de sombra luminosa, que não ilumina a cabeça do Filipão.
Bem, espero bem enganar-me, mas receio que no final do mundial, cá estarei a dizer, "daqui a 4 anos à mais...". E se assim for, lá terei de me entreter a torcer pela minha selecção de todos os mundiais, a Argentina.
Que a vossa cabeça comece a pensar naquele espetáculo, por vezes histórico, porque após o final da Champions, os dados estão lançados...
Fiquem bem
 
domingo, maio 14, 2006, posted by Pedro Carvalho at 8:50 da tarde
 
quinta-feira, maio 11, 2006, posted by Pedro Carvalho at 10:24 da tarde
A procura de tudo,
Os valores, o amor, as ideias,
O ser para alem do sobreviver,
Tudo, é apenas ser Homem.
Não lhe reconheço qualquer significado cientifico,
Não lhe reconheço qualquer crença,
Não lhe reconheço qualquer tradição,
Reconheço apenas a liberdade de sermos felizes.

A ciência, crença, a cultura,
São tudo produções humanas,
A criação nunca explicará o criador.

Por isso aborrece-me a ciência,
Não sou crente,
Questiono os excessos da cultura,
Prefiro ser Homem.
O resto que venha por acréscimo,
Como toda a criação.

Acredito no que escrevo,
Como acredito na mudança.
Como acredito na queda dos impérios, na mudança!
No fim do dinheiro, na sociedade igual,
Na mudança!
No fim da exploração e da guerra, por um dia que seja…
Na mudança, no sermos apenas Homens.
O resto é apêndice!

Sou Homem, procuro e questiono-me.
Sou Homem, não tenho certezas.

Pedro Carvalho, 11/05/2006
 
, posted by Pedro Carvalho at 8:12 da tarde

Para mais nada dizer...
 
quarta-feira, maio 10, 2006, posted by Pedro Carvalho at 9:54 da tarde
Já não é a primeira nem a segunda vez, começou a ser recorrente... Sejemos directos, coisa que eles não são, o anonimato é um fantasma a abater!
Lembro-me claramente de um texto de um grande amigo meu num blog, o Rodrigo Escapa, algures num "raciocínio", mais ou menos delirante mas sempre com um toque de classe bastante apreciável, ora sarcástico, ora bastante inteligente. Naquele "raciocínio" dizia-se algo que não posso precisar ao ponto de transcrever, mas transpirava uma sensação que nos levaria a pensar que muita gente não tem coragem de dar a cara, mas afia muito os dentes no momento da crítica. Existe por estas bandas muita gente que nunca escreveu uma linha, mas gostaria de o fazer, e muito... Não só esse meu amigo, assim como eu, assim como o meu colega e sobretudo amigo e companheiro de algumas luta, sobretudo ideológicas e concepcionais do mundo, Ricardo Mesquita, tu o leitor, um grupo de pessoas, todos temos algo de bom que por estas bandas é sempre visto como um ponto a abater.
Por estas bandas a imaginação é apenas construtiva no acto de encontrar maneira de destruir. Mas até nesse ponto a imaginação não vai alem de ataques anónimos pouco construtivos, fácilmente refutáveis e sobretudo cobardes. Por vezes são de baixo nível e até revoltados. Casos como debates políticos, textos de opinião e a tão badalada falta de luz são alguns casos de anonimato.
O anonimato será sempre por defenição um par de coisas... Uma cobardia desonesta e um sinal de fraqueza por parte de quem a comete.
Porque por estas bandas valores como a verdade, a honestidade, a coragem, o carácter ou a seriedade são frequentemente substituídos pela ignorância, cobardia ou rancor, o anonimato será sempre um fantasma.
Fiquem bem
 
segunda-feira, maio 08, 2006, posted by Ricardo Mesquita at 11:26 da tarde
Ponto 1: Já lá vai algum tempo desde o meu último post. E ainda mais tempo desde o meu último post “digno” do Fantasmas… Mas existe um propósito para isso. A ausência! E não me refiro à minha ausência neste blog, mas sim à ausência de fantasmas na minha vida. O que não tem sido mau.

Ponto 2: Mudando de assunto, a partir de agora estou de volta aos “temas de putalhada”. Assim sendo, eu, “uma pessoa sem carácter”, coopero de novo com o meu colega que é “uma vítima revoltada” e também “uma pessoa sem carácter”. Felizmente nunca tivemos boleias de ninguém, mas infelizmente há quem não possa dizer o mesmo.

Ponto 3: Ainda com o “Ponto 2” na mente, devo referir que o pseudo caos do "Que haja mais "Luz"..." foi bastante engraçado. Para ser honesto nada tenho contra o “sujeito que se identificou sem se identificar”, a não ser o facto de ter demonstrado uma clara falta de destemor e um desrespeito para com os demais participantes (activos ou passivos) deste blog. Mas como estes dois pontos que referi são daqueles que eu considero como fundamentais…

Ponto 4: Devo esclarecer que voltei a mexer na merda (ou no “merdas”), porque não podia deixar passar tal situação e porque me apeteceu!

Ponto 5 e Último: Espero que o nível não volte a baixar até porque estou habituado “ao mais alto nível” e não ao oposto.
 
, posted by Ricardo Mesquita at 11:23 da tarde
 
domingo, maio 07, 2006, posted by Pedro Carvalho at 8:31 da tarde
Bem afinal este ano, ao meu sporting, não se repetiu a história triste da época passada. Repetiu-se só metade, a metade de não ser campeões mesmo no finalzinho do campeonato, enfim... Pelo menos não falhamos tudo!
Fiquem bem
 
sexta-feira, maio 05, 2006, posted by Pedro Carvalho at 5:51 da tarde
Era uma vez… Bem assim não, afinal esta história nem acontece só uma vez, acontece tantas vezes…
Já à muito, muito tempo, vivia numa das aldeias deste país, daquelas que já não existem, já não há a tasca com o copo de tinto a 2 tostões, nem a mocidade a correr aí pelos campos, nem o leiteiro a passar à porta das casas ou o bêbado lá da terra de ouvido no golo do Eusébio… Já não há, apenas ainda subsiste a missa ao Domingo, naquele perdido Portugal, eterno, rural, ao sabor das estações, típico Portugal.
E no meio da inconsciência e ignorância, sempre houve quem assim fosse feliz. Viveu assim toda a vida, sem a saber conhecer doutra maneira, o velho do lagar que por não saber ler, fazer as somas dos “Alqueires” de cabeça e amar o seu olival mais que tudo, se tornou o único produtor de azeite lá da terra. Ao velho, que já não tinha amigo que se lembrasse dele novo, não se podia falar mal do seu azeite e não se podia negar o bom do tinto quando o seu Belenenses jogava ao Domingo. No entanto, era a personagem mais típica e curiosa da terra.
Passaram-se chuvadas e dias de calor naqueles olivais, o azeite sempre no ponto, diziam todos eles, principalmente aqueles que na apanha recebiam umas coroas, o velho com tristeza já não podia varejar as árvores. Passaram umas épocas, o “Eusébio foi lá para o União de Tomar arrumar as botas” e o seu Belenenses já nem nos primeiros ficava. Passaram-se umas guerras e “aqueles que sabem, falando de uma forma que nós, que não sabemos ler não podemos perceber”, fizeram aquilo do 25 de Abril. Tudo isto passou pelo Velho do Lagar, e o que mais lhe fazia impressão, ainda era quando o Belenenses perdia em casa. Até um dia…
E não julguem que esse foi o dia em que o Velho partiu, não tinha razões, andava por aqui bem, o pior que lhe podiam fazer era “vir um doido a gritar PREC” e a dizer para ele ocupar a casa dos condes da terra porque dormir com as oliveiras não era vida. Aí sim, o Velho não gostava! Ahhh… Aquelas oliveiras são a vida para ele. Até um dia…Até um dia em que “Os senhores que emigraram e estudaram lá por fora sem ir ao Ultramar” lhe disseram que ele agora era europeu. Foi-lhe indiferente…
Quando chegou “lá aquele da Europa que vem cá controlar a qualidade da lavoura”, lhe pegou no azeite e lhe disse que o azeite de sempre, o azeite daquela terra, o azeite da sua vida, o amigo que nunca o enganou, a mulher que sempre lhe pôs o pão na mesa ao jantar, o sonho de alguém a quem “os senhores do Salazar” lhe roubaram todos os sonhos, esse, esse a quem da flor ao lagar, vezes sem conta em anos perdidos, lhe preencheu o curto espaço que vai dos trapos de parteira à cova rasa, esse azeite, era, é, e continuaria a ser enquanto se não pusessem uns pós manhosos, um azeite ácido “que não cumpria com as normas comunitárias”.
Veio subitamente “um engenheiro” calcular uma vida, dizer-lhe que a sua vida não cumpria a função, que não se podia vender, que seria pretexto para um subsídio, que seria o fim do Velho, que nada mais valeria a pena, que a vida tinha sido um engano, que tudo o que amou foi sempre um ácido que no trago não amargava e que o agora amargou para sempre.
O velho morreu, e nem foi preciso chegar o primeiro subsídio. Ate hoje, e se o “Padre Antunes” tiver razão, o Velho do Lagar estará no céu a recordar, nunca mais se soube.Nunca mais se soube, se o engano e o Falso Azeite, concederam ao Velho a alegria de uma vida, ou a amargura da verdade. Nunca mais se soube, e a cada um de nós ficará por saber, e descobrir.
Fiquem bem
 
, posted by Pedro Carvalho at 7:33 da tarde
Lisbon Revisited

NÃO: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.

Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.

Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!


Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!

Que mal fiz eu aos deuses todos?

Se têm a verdade, guardem-na!

Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?

Não me macem, por amor de Deus!

Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?

Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!

Ó céu azul — o mesmo da minha infância —
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.

Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!


Álvaro de Campos, 1923
 
terça-feira, maio 02, 2006, posted by Pedro Carvalho at 6:57 da tarde
A olhar o mar de longe, parado, despreocupado, pelo menos o suficiente para afastar de mim tudo o que me obrigasse a pensar, não cheguei a conclusões.
Nada de estranho, não seria esse o objectivo do momento, até porque nem tinha objectivo, fiquei para ali, fiquei bem para ali. As sensações pousavam em mim de forma fluida, não paravam sequer, corriam livres num corpo alheado do interior e concentrado no que o envolvia. Foi diferente, quantas vezes estamos em nós, para nós e para eles Fantasmas, sem perceber o que nos rodeia… O que se passa à volta? “Não sei, não dei por isso, mas porquê?” Porque por vezes é importante “nem pensar nisso”, afinal de contas estamos a perder a tranquilidade e a paz de espírito que eu hoje captei.
Será que afinal não cheguei a conclusões? Se de facto, “A vida é um jogo.”, então acabei memo por chegar a uma conclusão… Qual o truque deste jogo? Bem, talvez seja não saber jogar porque enquanto não soubermos jogar descobrimos novas regras, novos níveis e objectivos, o jogo não é monótono, e sobretudo, não importa assim tanto perder quando não se sabe jogar. E se perder e ganhar é jogo, que a vida seja ganhar, porque os fantasmas nascem das derrotas.
Fiquem bem